sábado, 13 de julho de 2013

“Faziam dois meses que eu não tinha insônia.
Mas bastou te encontrar naquela festa idiota com os braços envoltos na cintura dela que toda a maturidade que adquiri escapuliu pelos meus pulmões em menos de um segundo. Eu não tinha estomago para aceitar que tu não estava sentindo a minha falta. Eu sei que te pedi pra não ligar. Sei que durante três meses ignorei todas as suas tentativas absurdas para manter contato comigo. Mas é que a gente era só sexo e eu precisava me desintoxicar , aprender a passar meus dias sem você. Sexo casual não era o meu tipo de amor. A gente se corrompeu e agora eu nem conseguia falar contigo. Que tipo de garota adulta e madura sai sem nem te olhar duas vezes como uma menina mimada? Você sempre me disse que eu era intensa demais pro seu gosto. Era muito drama e sentimentalismo bobo para alguém que deveria ter crescido há tempos. Fico imaginando o que você diria se me pegasse ali tomando sorvete na madrugada pensando em outro cara qualquer. Diria que meus olhos castanhos e minha boca gostosa não mereciam essa enxurrada de lagrimas. Reclamaria do filme que eu estava vendo, ficaria de cinco em cinco minutos no telefone dizendo que deveria estar dormindo. E me faria rir. Me pediria para estar na sua cama, por que sexo sempre foi a melhor forma de esquecer um idiota. Só que agora eu não tinha mais ninguém para fazerem as minhas madrugadas de insônias serem divertidas. Ela tinha que ser tão linda? Sei que eu não tinha as pernas longas, o cabelo loiro de farmácia, ou um busto tão avantajado, mas você deveria ter se apaixonado por mim também. Afinal foi quase um ano que a minha cama foi sua e o meus dias foram seus. Mas você não se apaixonou, não por mim. Por essa razão eu estava aqui em pleno sábado, com um coque mal feito no cabelo usando a camisa que você esqueceu aqui. Eu não sei se ela ainda tem seu cheiro ou se é a minha paranoia que ainda não te esqueceu. Eu só sei que estou sentindo a sua falta e começando a imaginar coisas, porque são 3h40 da manhã e eu acho que escutei a campainha tocando. 
- Essa camisa tem dono.
Era você mesmo na porta.” 

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