quinta-feira, 13 de dezembro de 2012


Zé: Vortô pra ficá, né?
Maria: Não, achu qui minha sina é sempre caminhá.
Zé: Tu carece é di criar raíz minina.
Maria: Num fala assim Zé, eu sinto qui andei, andei, andei e num cheguei a lurgá nenhum, sinto qui um tanto di coisa eu perdi e um tanto di coisa eu num consegui achá… Vivê é assim mermo Zé? Essa coisa doida qui muda sempre? A separação di quem a gente quer? Andança sem pará Zé? Parece tudo sonho. Vivê é isso Zé? E o amô Zé, quando é di verdade? E filicidade Zé, quando é de verdade?
Zé: Ói, a filicidade é o contrai do amô né? A filicidade…
Maria: E na vida Zé, o que vem dipois da morte?
Zé: Num sei. A gente só sabi perguntá, num sabe responder não.
Maria: Acho que meu distino é sempre fazer o caminho di vorta. Adeus Zé!
Zé: Mas será pussivi minina qui nossa sina seja sempre si dispidi!
Maria: É não Zé! Nossa sina é sempre si incontrá.

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