Quando eu era menor, ele tinha mania de me pegar no colo e sair pela cidade comigo. Me levava para todos os lugares que ia, fazia as coisas e eu ficava observando-o. Me colocava na garupa da sua moto e corria pela estrada abaixo, ou me soltava cachoeira abaixo, e eu ria de todas essas coisas, me lembro bem da minha infância, dos momentos que mais me marcaram. Minha mãe vivia dando ataques. Ele nunca foi um pai normal, ele não é aquele pai careta, sempre teve seu senso de humor. Nunca me negou nada, e sempre fez tudo por mim. Se eu disse que nunca me deu sermão ou me tirou do sério, estarei mentindo. Mas todas as vezes, todas mesmo, ele estava certo e eu errada, assumo. Ele sabe o que faz, tem confiança em si e é protetor, protetor do jeito dele. Quem o vê o acha frio, distante, mas seu coração é de ouro. Isso eu posso afirmar, com toda confiança que tenho. Sei tudo que ele já fez e continua fazendo, sei o quanto certas coisas são importantes para ele e o quanto ele se preocupa com o que ocorre ao seu redor. Fui uma das poucas pessoas que presenciei seu choro, e chorei junto. Doeu em mim, porque o que o machuca me machuca. Sou parte dele, ele é parte de mim. Não sei vocês, mas eu amo muito o meu pai. Herdei dele a maior parte da minha personalidade e gosto disso. Hoje foi mais um dia em que pude demonstrar para ele todo o meu amor. É, ele é tudo para mim.
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