terça-feira, 18 de outubro de 2011

Lá está ela sentada na areia olhando para o mar. Pensando em diversas coisas. A água começa a tocar em seus pés. O mar estava bravo, agitado. Parecia que não gostava de ver ela assim, e tentava consolar àquela pobre menina com o coração partido. Estava agradável a água; ela fechou os olhos e desfrutou daquela sensação. Era uma sensação gostosa. Logo ela abriu seus olhos novamente e sem poder controlar e sem ela mesma perceber, escorre uma lágrima de seus olhos. Lágrima ardida, doida. Ela respira fundo e olha para o céu, pássaros voando, nuvens se movimentando, a natureza, como era incrível, mas, ela percebe que não iria encontrar resposta alguma naquele visual maravilhoso, voltou seu olhar para o mar. Uma onda se aproxima, e com ela, lembranças também. Ela se lembrou de cada momento que passou com ele, como sua vida tinha um toque colorido ao lado dele. A onda se aproximou um pouco mais, e a lembrança que ela mais gostava (e a lembrança que mais doia), ”eu te amo”, ele havia lhe dito. Ela sorriu, e mais uma lágrima desceu de seus olhos. A onda chegou ao seu final, mas, logo começou uma nova onda. Esta vinha bem devagar, ela estava tão longe. Abaixou a cabeça e começou a pensar ”por que foi assim?” Se perguntou. Não houve resposta. ”Por que ele se foi? Por que tudo se perdeu e virou nada?” Mais uma vez a pobre menina não achou resposta alguma. Por que é sempre tão difícil a gente obter uma resposta? Será que todas as nossas perguntas só serão respondidas no final de nossas vidas? Ou elas nunca terão uma resposta? Ela não sabia e acreditava que ninguém sabia também. Agora, a pobre menina não consegue mais ser forte, e começa a chorar. Chorar de saudade, chorar de tristeza, chorar por tudo que se perdeu e virou nada, ela sabia que isso não adiantava, não iria trazê-lo de volta, não iria fazer ele falar com ela como antes, ela sabia. Mas, então, por que àquela menina chorava tanto? Ela precisava colocar para fora sua angústia de ter perdido alguém. Mais uma lembrança volta, e com ela, milhares agora. Ela percebeu então, que apesar de tudo, ainda conseguia sorrir por se lembrar. Ele fazia bem para ela, mesmo estando longe, mesmo não falando com ela, mesmo esquecendo ela. Mesmo amando outra pessoa. ”Eu vou amar você por toda a minha vida.” Por que ele não pôde cumprir isso? Será que ela não era uma boa pessoa? Todos têm defeitos, mas o dela era muito difícil de aguentar? Ela não sabia, percebeu então que ela não sabia de nada. Percebeu que a vida era uma eterna pergunta não respondida. Ela sabia que era jovem, mas sabia também que amaria ele por toda sua vida. E isso não era exagero nenhum. Era com ele que ela queria passar sua vida. Era ele que ela queria ver todos os dias ao acordar. Era a voz dele que ela queria escutar. Era o sorriso dele que a faria sorrir todos os dias. Era o olhar dele que a deixaria sem graça e apaixonada. Era por ele que ela se apaixonaria todos os dias. E era o amor dele… que a faria feliz por toda sua vida, e era o amor dele que ela queria para sempre. Mas, a vida não para. O mundo dá voltas, não é mesmo? Mas, bem lá no fundo, ela sabia que nada disso mais voltaria. Seus olhos queimavam. Mais uma vez, levantou-se, enxugou suas lágrimas, sorriu para si mesma com tristeza e pensou ”hora de tentar viver.” Deu mais uma rápida olhada para o amar e abraçou-se sozinha, desejando que ele fizesse isso. Sussurrou baixinho sendo uma tola por pensar que ele escutaria aonde quer que estivesse ”eu te amo, volte pra mim.” Lágrimas… Abaixou sua cabeça e caminhou para mais um dia sem ele, para mais um dia de vida. De luta.

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