sexta-feira, 26 de agosto de 2011


Ela bagunçou com a vida dele, exatamente como fez com o quarto, e se foi sem arrumar nenhum.
Era mais um dia qualquer, como tem sido à dias na vida dele, somente mais um dia no ano. Vontade de levar e ver o sol? Isso ele não tinha fazias meses. […] Roupas jogadas, cama bagunça, comida pelo chão era assim que estava o quarto do rapaz, nem parecia que alguém dormia ali. Aquilo estava uma zoa, mas mesmo sabendo disso, ele não o arrumava. E quando o amigo mais chegado que ele tinha ia o visitar (alias, era o único amigo que ele tinha) ficava abismado e sempre perguntava: ”Por que o seu quarto vive essa bagunça?” e ele sempre respondia a mesma coisa: ”Ela gostava dele assim” e o amigo dele só o olhava balança a cabeça e a abaixava sem pronunciar nenhuma palavra. E foi assim exatamente por um ano, um rapaz de 23 anos, jogado em uma cama de um quarto bagunçado e chorando todas as noites, pelo mesmo maldito motivo, e o tal do amigo perguntando por quê era ali estava tão bagunçado e sempre ouvindo a mesma resposta. Em uma tarde de domingo de inverno, exatamente dia 29 de Julho, ele tomou banho, se arrumou, fez a barba, colocou um terno e foi andar, simplesmente andar. Ele parou para comprar um café e de repente olhou para o céu e disse: ”Se você estiver me ouvindo me leva pra junto de ti, não aguento mais ficar aqui sem você” E ele continuo olhando para o céu, as pessoas estavam achando aquilo a coisa mais estranha do mundo, mas ele não ligava só queria que algo acontecesse, e bom, não aconteceu, ele deu um meio sorriso de tristeza e voltou para a casa. Passou-se algumas horas, eram exatamente 23:58, e o rapaz olhou para o chão levantou a cabeça e disse para si mesmo: ”Já que ela não me leva, eu irei por conta própria” e pegou um pedaço de folha de caderno, mas na hora que estava procurando a caneta o resto de café que ele havia comprado caiu em cima do papel, mas mesmo assim ele escreveu ali… E exatamente às 23:59 de 29 de Julho um rapaz de 23 anos que só deixava o quarto bagunçado porquê ela gostava, se jogou da janela do quinto andar sem deixar cartas ou despedidas, somente deixou um pedaço de folha de caderno com 3 palavras: ”Fui encontrar ela” […]” 

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