terça-feira, 24 de maio de 2011

Medos, angústias, peso, dúvidas, infelicidade. Vejo-me em um lugar obscuro, onde nada vejo, onde nada escuto, a um passo do precipício. Quanto mais se aproxima e quanto mais você sente as vibrações da minha voz que estão a rolar pelo vento, mais você usufrui de um dos piores sentimentos, a indiferença. E minhas palavras seguem, e vão parar em um precipício, na companhia do abismo e do nada. A dor vem à tona derrubando, de forma brusca e fria minha base. “Ei, eu sou uma garota forte, chorar seria uma atitude idiota.” No momento é este meu pensamento, que vem brotando com o pouco de orgulho que me resta. Mas é época de seca, portanto meu orgulho dura somente até o momento em que olho para o espelho e embaçadamente vejo meus olhos marejados de lágrimas, dura até o momento em que eu olho fixa e paralisadamente para o além e de ti me recordo, ou seja, dura somente um segundo.

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