domingo, 29 de maio de 2011

“Eu não sou assim por pura rebeldia ou porque meus pais me deram essa educação. E nem porque eu quero. A realidade é que o mundo me fez assim. São anos de batalha. Contra mim. Contra o mundo, e contra tudo que quis me tornar assim. Eu tentei, juro que tentei. Até criei uma espécie de muralha que me isolasse de isso tudo; pena que foi em vão. Eu até que fui forte por um tempo, mas como ninguém consegue ser forte o tempo inteiro, comigo não foi diferente. E quando me atingiram, foi como se nada mais pudesse me afastar dessas coisas. Fui tomada por tudo, tudo que há de ruim lá fora. O que há de ruim nas pessoas, até o brilho do sol tem tom agressivo agora. Foram mentiras, tropeços, promessas quebradas, esperanças sem fundamentos… e o que sobrou de mim foi isso: destroços. De um corpo, de uma alma, de um edifício inteiro. A única coisa que me resta, não intacta, mas ainda é meu, e é o que ninguém nunca vai poder roubar ou mudar as configurações, é o meu coração. O único que mesmo quebrado não perde sua essência.”

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